sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Sentimentos contraditórios

2017 foi um ano tramado.
Se por um lado me conferiu a enorme alegria de dar à luz novamente, por outro, ceifou-me aquela que me deu à luz a mim.

No ano em que aumentei a minha prole, perdi a minha progenitora. Não foi inesperado, não posso dizer que foi.

Meses antes já tinha sido confrontada com um diagnóstico que, infelizmente, por muito optimista que eu quisesse ser...não tinha grande volta a dar. Foi assim uma espécie de "crónica de uma morte anunciada".
Não foi mais fácil por isso. Nada. Também não posso dizer que tenha sido mais duro por me encontrar grávida.

Foi um ano duro! Perder assim uma mãe, demasiado cedo. Ter de acompanhar a evolução de uma puta de uma doença que tantas vidas já ceifou. Acompanhar o sofrimento e dor de alguém que amamos, é duro.

Depois chegou um momento de alegria. Nasceu o meu filho, o neto que a avó não conseguiu conhecer.

De seguida veio o primeiro natal sem ela sentada à mesa.

2017. Esse ano filho da mãe. Esse ano que me fez chorar tantas lágrimas de tristeza mas que também me fez sorrir novamente ao receber nos meus braços o meu filho perfeitinho.

Fico contente de te deixar para trás. Para a frente, se Deus quiser, terei muitos bons momentos com os filhos. E terei sempre a memória dos bons momentos com ela...

Feliz 2018 para todos.
Que seja melhor que 2017!!

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