sexta-feira, 6 de março de 2020

Ou 8 ou 80

Se há coisa que me encanita é esta tendência do ser humano em geral, tugas em particular, de terem de se situar sempre nos extremos. Ou 8 ou 80. Como se não existe uma multiplicidade de posições de permeio, seguramente (ou na grande maioria dos casos), mais equilibradas.

Naturalmente que falo do corona, o covid 19, como preferirem, é à vontade do freguês. 

Mas será que estas alminhas só conseguem oscilar entre aqueles que acorrem, labregamente, às farmácias para esgotarem os stocks de máscaras e gel desinfectante (e li que até preservativos! WtF), deixando aqueles que, genuinamente, deles precisam (quer haja ou não corona) à míngua, ou os que, de ânimo leve e com a maior das ligeirezas, encaram a epidemia como uma gripe banal, que até só afecta os velhos (e vá, pessoas com defesas comprometidas) e portanto não há que temer, e de caminho até compramos uma viagenzita ali para Itália, que elas até estão em saldos... 

Fonix, a sério pessoas!?
E algum bom senso e equilíbrio, não?

Parece-me evidente que não falamos da peste negra, é certo, mas caramba, a malta acima dos 70 também tem direito à vida.
Acho que podemos todos ter um bocadinho mais de respeito e fazer a nossa parte. 

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