quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Só me ocorre dizer...

Para quando uma medida deste género na zona da Av. da Liberdade e seus acessos??

Concordo plenamente com estas medidas (claro que, devidamente acompanhadas de boas redes e serviços de transportes públicos). 

Chamem-me fascista, egoísta, comunista, o que quiserem, mas concordo. Acho um real disparate o número de carros que entram diariamente no centro de Lisboa.

E não venham cá com conversas. Muitas das pessoas que vejo, sozinhas, nos seus veículos diariamente no trânsito (note-se, eu estou no bus) não tinham necessidade de ir de carrinho para o trabalho.

Não sou invejosa e não digo isto por não ir de carro. 
O carro já foi o meu meio de transporte para o trabalho. Claro que na altura trabalhava em Oeiras e ir de carro era de facto uma vantagem. Demorava 10 a 15 minutos a chegar.

Assim que comecei a trabalhar em Lisboa passei a abdicar do carro. Porquê? Porque acho ridículo, tendo eu diversos meios de transporte eficientes para chegar a Lisboa, passar horas nas filas de trânsito e ter um custo adicional.

Podem pensar que sou uma ressabiada. Não sou. Felizmente, se quisesse mesmo ir de carro podia fazê-lo. Podia contratar uma avença mensal de estacionamento, que sendo cara não é nada de escandaloso, e custear a gasolina diária, mas sinceramente prefiro afectar os meus recursos financeiros a outras coisas (cada qual saberá de si). E ir de carro para o centro de Lisboa, para mim, não é claramente uma prioridade.

Conheço casos em que ir de carro é uma prioridade. Muitas pessoas ganham imensa qualidade de vida (tempo) ao fazê-lo, mesmo com as filas de trânsito.
Reconheço que as pessoas que tenham turnos "malucos" não tenham muitas opções no que toca aos transportes mas, geralmente, essas também não entopem as principais artérias de acesso à cidade em hora de ponta.
Aceito que para muitos o carro seja uma ferramenta de trabalho (como os comerciais).
Percebo que para quem tenha que ir meter os filhos ao colégio, que não fica próximo de casa, possa ter necessidade de se socorrer do carro sob pena de chegar tarde e a más horas ao trabalho.

Mas digam o que disserem, ninguém me convence que os milhares de pessoas que eu vejo no trânsito todos os dias se enquadram nas pessoas acima descritas. 

Então mas qual é afinal o meu problema? Não estou bem assim?

O meu problema é que podia estar muito melhor. Podia demorar todos os dias 15 minutos a chegar ao trabalho como aconteceu no mês de Agosto. Podia não estar meia hora num autocarro parado no trânsito (isto em dias bons, quando chegar a época das chuvas...ui). Podia não demorar uma hora para chegar a casa depois de um dia estafante de trabalho. Este é o meu problema!

Se houvessem mais vias de bus, ou se o trânsito fosse condicionado em certos acessos, seguramente que isto não aconteceria.

Que as pessoas queiram afectar os seus, muitas vezes parcos, recursos a este fim, é coisa que a mim não me afecta, agora que para isso lixem a vidinha aos outros é que não.

Querem andar de "cu tremido" pois muito bem. Mas para quem opta andar de transportes seria apenas justo que se criassem mais vias para o bus. E se isso implicasse que os "cu tremidos" demorassem o dobro do tempo a chegar porque em vez de 2 vias tinham apenas 1...azarucho.

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