segunda-feira, 18 de abril de 2011

Coisas que me fazem uma certa espécie...

Coisas destas

"Quarenta e dois médicos colombianos começam esta semana a trabalhar em centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve mais carenciados, para ajudar a colmatar a falta de clínicos que se tem vindo a agravar devido à corrida às reformas antecipadas verificada em 2010."

Há coisas que eu tenho alguma dificuldade em compreender. Então mas se temos falta de Clínicos porque raio não são abertas mais vagas para o curso de Medicina?? (esperem, dizem que agora já temos mais vagas).
Andamos a formar 500 mil Psicólogos, Advogados, Gestores, Economistas, Professores e outros que tais por ano, quando estamos fartos e carecas de saber que esses nichos de mercado estão para lá de saturados, e depois nas áreas em que fazem falta profissionais temos as vagas restringidas a um pequeníssimo grupo.

Sou só eu que não acho isto muito normal??

Já há muitos anos que eu sou apologista da redução do número de vagas nas faculdades. Não é por mal. Bem sei que a educação é um direito que a todos assiste e que devemos ter todos as mesmas oportunidades e bla bla bla.
Ainda assim, também será justo (pelo menos a meu ver) que quem realmente queira seguir os estudos e obter uma licenciatura tenha de se esforçar por isso.

Sempre defendi que deveríamos ter limitado as vagas à medida que as licenciaturas se iam saturando no mercado de trabalho. Aliás, julgo até que teria sido uma medida bastante eficiente, e que não teríamos hoje 50 mil licenciados sem emprego na sua área de formação a acabarem por aceitar funções em call centers ou ao balcão de uma qualquer loja.

E não, não tenho nada contra as funções acima indicadas, não valem mais nem menos do que outras. Simplesmente considero que para as desempenharmos não necessitamos de licenciaturas, pós graduações e mestrados.

No entanto, nunca ninguém fez caso disso, e lá continuámos a abrir vagas como se não houvesse amanhã. Chegando mesmo ao ponto de termos cursos em que a malta entrava com médias negativas, o que constitui para mim o expoente máximo do ridículo.
Curiosamente, apenas com o curso de Medicina isso nunca aconteceu. Vá-se lá saber porque...

E agora andamos a empregar Médicos de outros Países para suprir necessidades.
Uma vez mais, não tenho nada contra empregar estrangeiros, que nós também já fomos para o estrangeiro trabalhar, mas é no mínimo frustrante, para aqueles cuja média de 19,35 não foi suficiente para entrar nas Faculdades, assistirem a esta situação, e pensarem que podiam ser eles, Portugueses contribuintes, a suprirem estas necessidades.

1 comentário:

  1. Olá,boa noite,não faz mal por este andar não fica cá ninguem em Portugal,vamos todos embora de troxa ás costas,por esse mundo andar,andar....

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