Tenho sensivelmente 2,3 por 1,2 metros de parede para preencher com molduras.
A dificuldade? Bom, a dificuldade é que entendi que fazer uma merda geométrica e toda alinhadinha era giro. São cerca de 35 molduras, não sei se já tinha dito...
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana, mas não estou seguro sobre o primeiro" Albert Einstein
Tenho sensivelmente 2,3 por 1,2 metros de parede para preencher com molduras.
A dificuldade? Bom, a dificuldade é que entendi que fazer uma merda geométrica e toda alinhadinha era giro. São cerca de 35 molduras, não sei se já tinha dito...
Acho que o rácio de putos em agências de moda e publicidade com crianças deve rondar os 1549 para 1...
Durante anos a fio fui uma privilegiada. Só aos meus 18 anos fui confrontada com a doença, daquela à séria. Só aí assisti à falência de um corpo, ainda antes do funeral.O meu avô, o único que conheci.
Pouco depois foi a minha avó. Sofreu muitos anos de Alzeimer, pelo que aquela morte, na realidade, foi uma espécie de alívio da alma.
Alguns anos mais tarde, a minha outra avó, o último dos avós. Custou-me mais. Mas caminhava para os 90. Sempre compreendi e aceitei bem a lei da vida, não obstante de, ainda assim, nos custar sempre muito perder aqueles de quem gostamos.
Há uns 5 anos surgiu a primeira morte precoce. Um padrinho, um tio. Demasiado novo. Cancro. Puta de doença esta.
Mas ainda assim, e sendo eu de famílias numerosas, sempre me vi como uma sortuda. Nunca perdi um amigo nem muitos parentes próximos. Nem sequer contactei com situações particularmente delicadas.
Chegou 2015. Mentira. Por acaso começou em 2014, uma semana antes do nascimento do meu filho. Outro nascimento. Um quase sobrinho (não é de sangue mas é de coração). Uma doença degenerativa.
Ultrapassaram. Continuam a ultrapassar. E se Deus quiser, hão-de continuar a ultrapassar por muitos e bons anos.
Entra 2015. Uma doença. Grave, muito grave.
O primeiro funeral de uma criança. Uma morte súbita, sem aviso. Uma mãe, amiga, desfeita, arrasada. E eu sem palavras para lhe dizer.
Uma semana depois, outra criança. Novamente a doença, a puta da doença. Vai ser mais de ano e meio em tratamento. Rezaremos para que seja um final feliz.
Novamente um funeral. Desta vez não era uma criança, mas caramba, 38 anos não é idade para se findar a vida. Uma vez mais...a puta da doença.
O pior, temo que ainda não acabou...aliás, honestamente, no ponto em que estamos, até já só desejo que a coisa seja célere. Sempre acreditei que chega a um ponto que a vida já não é vida. E, infelizmente, já chegámos a esse ponto e daqui em diante vai ser sempre a pique.
Pelo meio deparei-me novamente com o Alzeimer. Mais uma vez demasiado perto. Demasiado triste. Aquilo também não é vida. É triste. É angustiante. Tem momentos em que me corta o ar, de tão angustiante que é.
E com mais um cancro.
Foda-se mais esta puta desta doença.
Vamos à lua, mas ainda não conseguimos acabar com esta maleita.
Em que preferia ter ficado calada.
Se tinha razão? Tinha. Alguma pelo menos. Mas a razão nem sempre é tudo...
Mas se há coisa para que sou capaz de rezar é para que nunca me faltem as minhas faculdades mentais.
Que nunca me esqueça do homem com quem passei a minha vida ou de quem é o meu filho. É um fim triste, muito triste.
É já amanhã. É já amanhã.
(E para o ano que vem marco 3 semanas seguidinhas. É que é certinho!)
*adenda - Afinal já é hoje. É hoje
Uma pessoa atrasa-se 3 minutos e pronto, o bus já saiu do terminal.
O bus seguinte, neste momento, já vai com 4 minutos de atraso e ainda nem sequer chegou ao terminal...
(Sim, sim eu ando de transportes públicos. Já sei, córrore)
Consigo compreender a distracção, a falta de tempo, o assoberbamento de trabalho. Nem sempre conseguimos fazer aquilo que gostariamos (e que é preciso).
Já a inércia é coisa que não só não compreendo como me irrita deveras.
Haver pessoas que acreditam (mesmo!) que a maioria das empresas recompensariam os seus funcionários caso a contribuição para a SS do patronato baixasse.
Seguramente também acreditavam que os estágios, à borlix para o patronato, gerariam algum emprego posterior...
Acho que o meu plano dos livros também vai, indefinidamente, começar amanhã...
O catraio lembrou-se de voltar a acordar de noite...todo o santo dia desta semana. Eu já não estava habituada. Já nem peço férias, só uma cura de sono*.
*já estive mais longe de experimentar aqueles tanques de água salgada (acho), que prometem o descanso de 5 horas de sono em menos de 1 hora.
Ainda não ter nada programado/reservado/pensado/decidido para as férias "grandes" que se iniciam ainda este mês...
Decidi que tenho de voltar a ler, à séria. Criei um desafio para mim mesma. Ler um livro por semana.
Está tudo muito bem, não estivesse eu mal da vista, nas palavras do oftalmologista, "é como se tivesse a córnea riscada" (não me apetece falar sobre isso...há-de passar!).
Bom, acho que vou encarar isto como um desafio acrescido :)
Nem cartazes em condições sabem fazer?!
Começamos mal...
E era capaz de andar ressabiada com tanta foto de malta de férias...
Sempre é melhor aplicar o protector (na cara) nos transportes do que ir com a fronha à mercê do sol e consequentes manchas, não é??!
Aposto que quando decidiram vir dizer que estão a pensar devolver o IRS nem se lembraram que havia eleições.
Por altura do primeiro aniversário do petiz cá de casa, e como o menino é Touro, a temperatura já se faz sentir muito agradável por essa altura, decidi fazer um pic nic com os amigos mais próximos e respectiva pequenada - na realidade não me apetecia meter não sei quantos marmanjos lá em casa, ter de limpar tudo depois e ainda passar a tarde a ouvir a gritaria da pequenada dentro de quatro paredes.
Mas atenção, o meu conceito de pic nic consiste numas mantas no chão, levar, num saco grande tipo daqueles do PD, uns bolos, salgados, quiche, jolas e sumos (confeccionados por mim, pela minha sogra e alguns pelo Jerónimo Martins ou Belmiro) e montar arraiais assim mais ou menos à balda, num sitio mais reservado, admito (que a criançada faz algum barulho, e em boa verdade os pais também não dizem muitas coisas de jeito).
Para animação tivemos as palhaçadas dos pais e das outras crianças maiorzitas, as várias trotinetes, triciclos e afins dos próprios convidados e alguma bonecada que levei de casa (tipo umas coisas para morderem, que é o que o meu filho de um ano faz a 99% dos seus brinquedos e tudo mais a que deita a mão).
Ah, não disponibilizei brindes nem recuerdos para ninguém.
Mas no final arrumei novamente a traquitana nos sacos nada fashion e levámos o lixo todo, tudo feito com a ajuda dos pais convidados.
Afinal, serei cool ou nem por isso??
Ainda há quem dê palmadinhas nas costas, mas daquelas mesmo genuínas, um "well done!".
Ai que não pagam contas. É verdade, passo a vida a dizer isso. Mas por vezes também sabe bem ver que há quem reconheça o nosso esforço. Saber que há quem preste atenção.
Um obrigado pode não pagar contas, mas é bom de de se ouvir.
Mantenho a fé na humanidade.