Saí de Lisboa, rumo a Milão, na sexta feira dia 25 (último dia da fabulástica greve dos controladores aéreos). O Voo era às 20:20, exactamente entre os horários da greve.
Já no aeroporto tudo corria de feição. O voo não foi cancelado nem adiado. Abriram as portas de embarque e lá fomos nós.
O avião já estava na pista a "descarregar" a malta vinda de Milão (sim, com a easyjet é sempre a aviar cartucho). Começo a notar alguma apreensão numas das controladoras de terra. Abriram as portas, saímos para o exterior (agora no terminal 2, por norma, a malta vai mesmo a pé para o avião) e ali ficámos a aguardar.
Só ouvia a dita controladora a dizer "não vai dar, não vai dar" enquanto perguntava pelo rádio se já tinham saído todos do avião. Mas não, ainda havia uns palonços que se arrastavam calmamente contra o protesto de meio aeroporto e de uma multidão em fúria.
Eu já só olhava para o relógio, enquanto outro funcionário dizia à menina, epá se fecharem a porta às 20:20 isto ainda sai. Eram 20:10...
E assim foi, segundos depois foi dada a ordem de soltura. Tudo em passo de corrida a entrar para o avião. A tripulação (italiana) só dizia "presto, presto" e foi tudo a atirar malas para cima a um ritmo nunca visto.
Não houve contagem de passageiros, não houve verificação de cintos, as portas das bagagens fecharam-se com rapidez e, efectivamente, às 20:20 a menina fechou a porta do avião e o mesmo começou a deslocar-se.
Foi a pu** da loucura. Mas provou-se que afinal não são necessários os 30 minutos habituais de paxaxada que se costuma queimar para se fazer a porcaria de um embarque.
Nunca tinha ouvido falar de tal comportamento... fica para contar a história. :P
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