terça-feira, 3 de novembro de 2015

Portanto

Todos aqueles que elevam animais à categoria de humanos padecem de depressão ou qualquer outro problema mental? É  isso?

Atenção, não refuto*. Há anos que digo que não acho isso normal. E sempre gozei com a situação. Mas diziam-me que não, que eram opiniões e que eu deveria respeitar.

Mas afinal hoje, na sequência de uma carta que a tal Marta Rebelo escreveu para o seu gato que desapareceu, descobri que afinal a senhora só fez aquilo porque sofre de uma depressão grave há muitos anos. E que é feio gozar.

Ah, ok.
Será devido a esta ideia que o PAN teve os resultados que teve. Afinal os portugueses sempre gostaram de se compadecer muito com as pessoas com problemas (mas só quando dá jeito, claro. Mas isso daria outro post).

Epá não me fodam. Pessoas e animais não são a mesma coisa! Se há pessoas que merecem menos que alguns animais? Há pois. So what?
Se um prédio estiver a arder e eu só conseguir salvar o meu gato ou o vizinho, por quem até não morro de amores, a decisão é simples. Foda-se é um ser humano!
Não me lixem.
E falar de um gato como se de uma criança se tratasse, epaaaaa.

E não, não é o sofrer de uma depressão que justifica isso. E não gozar com a situação, por isso, é apenas serem condescendentes. E isso, para mim, é bem pior...

*notar tom irónico

15 comentários:

  1. Uma coisa não implica a outra, mas a verdade é que se trata de uma deprimida, logo, emocionalmente mais frágil. Sofre exageradamente? Se calhar. Pode-se, legitimamente, achar a exposição ridícula? Com certeza. As pessoas reagiriam da mesma forma gozona se fosse uma septuagenária solitária? Se calhar não. Há pessoas muito sós, pessoas muito frágeis (temporariamente ou não), há pessoas que têm tabelas emocionais diferentes das nossas, há pessoas que vivem em infernos que não conhecemos.

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    1. Certo izzie. Pessoalmente tb n fiz achincalhamento da pessoa. Comemtei apenas num blog e foi precisamente pelo absurdo (q eu acho) de falar como se de uma criança tratasse. E sim, acharia ridiculo escrito por ela, por um gajo ou por uma velhota.
      Depois disso vi malta a criticar, pq estavam a atacar uma pessoa com problemas mentais (pessoalmente acho isso ofensivo, n poder manifestar uma opinião sobre algo pq a pessoa sofre disto ou daquilo).
      Qt ao ponto q dizes, e sim, acredito q seja uma pessoa mais frágil. Mas então, vamos cá ver.Trata-se de uma figura pública (admito q eu n estava a ver quem era),com algum mediatismo.
      Tem uma condição clinica diagnosticada, pelo que imagino q seja seguida clinicamente.
      Acho q todos sabemos que a net é um sitio onde habitam (também) pessoas más, cruéis mesmo.
      Será então prudente, e sendo a pessoa sensível, ter um blog onde esteja exposta a gozo?
      Atenção, n acho q a senhora se deva privar de ter o q bem quer e dizer, onde quiser, o q quiser. Mas como se costuma dizer "if you cant stand the heat, stay out off the kitchen!"
      Eu por cá continuo a achar absurdo q se coloque um animal ao nível de um ser humano, n são. E por isso vou sp achar aquela carta ridícula, mas apenas por isso.
      Mas como te digo, compreendo perfeitamente q as pessoas tenham niveis emocionais diferentes, mas já me faz espécie q se coloquem a jeito.

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  2. Bom, ninguém está isento de crítica ou escrutínio, seja por que razão for, e se fez público o que sentia, tem de saber que haverá quem a faça. Anyhoo, o que queria dizer é que se para ti (e para mim) um animal não é uma pessoa, para muita gente os seus bichos são o que de mais equivalente têm a filhos. Há pessoas muito sós, e sabemos lá nós o que os leva a criar com um animal um vínculo tão forte. E não julgo, e relativizo, porque não sei como é a vida dela (e, na verdade, nem me interessa muito, nem sabia que tinha um blog).
    Por outro lado, o que me chateou nem foi algum julgamento que tenha havido, mas haver quem tenha logo a saída típica do "o namorado é que safou de boa!". É uma boca muito machista, que se ancora num julgamento sem qualquer razão de ciência, e que traz subjacente o epíteto "gaja maluca". not nice.

    Já agora, posso contar-te que no verão a seguir a ter adoptado a minha gata o meu irmão e cunhada deixaram-na fugir da casa onde estávamos de férias. Eu avisei, avisei que tivessem cuidado, e cagaram. A bicha era ainda traumatizada, e passou a noite na rua. Quando acordei e dei por falta dela, fiquei em pânico, e foi uma sorte tê-la encontrado ainda no prédio, encolhida atrás de uns vasos, assustadíssima. A gata não é minha filha, mas é um vínculo forte que tenho e, acima de tudo, uma responsabilidade que assumi para o resto da vida. Recuperei do susto - e ela também - mas posso confidenciar que, muitos anos passados, ainda não perdoei ao meu irmão e cunhada a negligência, a falta de preocupação com o resultado, e muito menos nunca me terem pedido desculpa (ficaram a olhar para mim como se eu fosse uma exagerada na minha preocupação, e toda a situação um incómodo para eles, por causa da estúpida de uma gata). Para eles, irem fumar ao corredor do prédio e deixar a porta aberta, sem tomar atenção, foi mais importante que a integridade do bicho (não duvido que, saindo para a rua, nunca mais a veria, e ela não sobrevivia sozinha), a minha ralação e cuidados pedidos. tudo bem. Mas faz-me perceber e ter alguma empatia.

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    1. Izzie, n tenho qq dificuldade em compreender a afeição q se cria com um animal. Sei perfeitamente q p mtos é uma grande companhia, nalguns casos a única até. Tenho imenso respeito pelos animais.
      Mas cada macaco no seu galho.
      Pelo que li, da carta, a senhora tem uma filha (a irmã do benny...e é aqui q eu me começo a coçar). Para mim, um animal é um elemento da família, mas na qualidade de animal.
      São opiniões, eu acho ridículo q se trate assim um bicho, por mto carinho q se tenha pelo mesmo (coisa q respeito e compreendo perfeitamente).
      Tb acho q legítimo q tivesses ficado aborrecida pelo teu irmão n ter tido os devidos cuidados, e até percebo q n esqueças o sucedido. Mas creio q n lhe deixaste de falar, nem deixou de ser teu irmão.
      (Se bem q este ponto até era secundário, mas tb acho absurdo a parte do gajo. Se a relação já n andava bem é uma coisa, acabar com alguém pq foi descuidado com o gato...parece-me excessivo, mas lá está, tb n conheço, nem quero, os meandros todos da história.)
      Agora irritou-me solenemente a condescendência q se está a fazer sobre o argumento dela padecer de uma determinada condição.
      Conheço uma mão cheia de pessoas que eram capazes de escrever (dizer) exactamente as mm palavras e n sofrem de qq depressão.
      Foi isso q me incomodou.

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  3. Me, este não-assunto é dos tais que me faz questionar a blogosfera todos os dias.
    Eu também sou amantíssima de gatos. Tenho duas, como sabes, e uma é uma peste, da qual me disseram no veterinário que não conhecem mais ninguém que não metesse a gata à estrada, no meu lugar. Se qualquer uma delas me desaparecesse, eu ia ficar muito triste. Ia mover céus e Terra para as encontrar. Gastar energias, dinheiro e horas de sono.
    Tenho quatro filhos e não faço comparações idiotas.
    Conheço a depressão por fora e por dentro, e do avesso e do direito, e de trás para a frente (mãe psiquiatra).
    Também comentei no Pipoco que o Manel é um homem de sorte. No momento em que o fiz, não fazia a mais pálida ideia de quem é esta senhora, e muito menos que sofre de depressão (crónica, segundo me parece, uma vez que a tem há 11 anos). Isso não me desculpa, mas explica a leviandade dos termos que usei.
    O Manel é um homem de sorte, repito. Como seria uma mulher de sorte a Marta se o Manel baralhasse as prioridades dele daquela maneira, chamando-lhe a ela animal "bicho que passa" e filhos aos animais. Mas percebo que, se um homem chamar bicho a uma mulher, isso é altamente ofensivo e violência doméstica e mimimi, mas o contrário nem tanto.
    Também alimento um blog e escrevo muitas tristezas, muitas vezes. E, de todas as vezes que cliquei em publicar, equacionei a hipótese de um dia me aparecer alguém a avaliar o meu estado de espírito e a dar palpites sobre a velhice da minha mãe que me fossem dolorosos. Escrever é isso: introspecção e exposição. A menos que escrevamos um romance em cada post e não imprimamos nada de nosso naquilo, estamos sempre sujeitos a avaliações, mais ou menos cruéis.
    Por último, o argumento da depressão irrita-me, por ser redutor até das capacidades da própria pessoa. Ah, está deprimida, ok, pode escrever o que quiser. Pode dizer o que lhe vier à cabeça. Pode ser uma besta ao volante. Pode ofender, mas não ser ofendida. Ó pá, parece aquela postura que se tem perante um deficiente, não o deixando viver a vida dele como uma pessoa normal, todo protegidinho. A cena da inclusão, excluindo constantemente.
    E não tenciono perder nem mais um segundo de vida com este tema.
    Amanhã há mais, ou não fosse a blogosfera isto mesmo :)

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    1. Linda, cá beijinho! :)
      Foi mm isso q me tirou do sério, a questão da depressão. N vejo qq relevância nesse ponto. Aliás eu qd li aquilo n fazia a mais pequena ideia de q a mulher a tinha, e imagino q mtas outras pessoas tb n. Pelo q o gozo n foi com uma condição clinica mas sim com o facto defalar do animal como se fosse o seu filho.
      E é como dizes (e eu partilho dessa opiniao) falamos de discriminação e mais n sei o q, mas depois andamos a discriminar as pessoas desta forma.
      Para mim n gozar com uma determinada situação pelo simples facto de alguem ter uma doença ou deficiência é, a meu ver discriminação. Mas posso ser eu q tb estou errada.
      E soh capaz de alinhar uma mão cheia de pessoas q subscrevem i q esta senhora disse, q por sinal sao bem saudáveis, alegres e sem qq problema mental, e daqui q concluo q a depressão n tem qq relevância nesta questão.
      E tens mta razão no ponto q levantaste. Ninguém vê problemas em chamar bicho ao namorado e filho ao gato, mas dizer q o tipo se safou de boa (considerando estas duas comparações) já é má onda.

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  4. Não percebeste o que quis dizer. Não tem nada a ver com depressão, e com desculpar seja o que for. Ela não precisa de ser desculpada, pensa e sente como sente, é um problema dela. Mas um depressivo tem uma susceptibilidade emocional mais agravada que uma pessoa emocionalmente estável, é isso tem de ser levado em consideração. Ou então é o mesmo que gozar com um alérgico por espirrar ininterruptamente, ele não consegue evitar. Anyhoo, não julgo nem teço considerações sobre o sentimento de perda de terceiros. Aquilo que a mim não diz nada pode ser uma tragedia para outro.
    Já agora, eu percebi de modo diferente e achei que a mana a quem ela se referia era uma gata, mas posso estar errada.

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    1. Por acaso fiquei com a ideia de q a nôno seria a filha e a miss kitty a outra gata (mas lá está, isto é o q dá qd n se faz a distinção de humanos e n humanos :)) mas isso tb n é um ponto relevante.
      Mas acho importante ter em conta q qd a grande maioria das pessoas gozaram com a situação, nem sequer faziam ideia de que a senhora sofresse de depressão.
      Porém, aqui n consigo concordar. N vejo, p o caso, qual seja a relevância dela ter ou n algum problema.
      Isso p mim é q é descriminar. Ai qd n sabia de nada gozei com a situação, mas agora q sei q ela sofre de depressão...ups espera, retiro o q disse. Isso p mim n faz sentido.
      N sou ninguém p saber o q os outros sentem. E nunca disse q n causa sofrimento perder um animal de estimação. Mas acho q tenho dto a achar aquela carta ridícula.
      Ainda me lembro das alarvidades q foram ditas por altura do zico...pois. a equiparação de pessoas a animais tem dessas coisas.
      A mim incomoda-me mais a condescendência da situação, honestamente.

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    2. Ah, e n acho q seja o mm q gozar com um alérgico q n consegue parar de espirrar pq, eu (pelo meno) qd achei aquilo ridículo, nem sonhava q a senhora tivesse um problema. Segundo, acho q aquele tipo de discurso e tratamento de animais n é, nem de longe nem de perto, um sintoma exclusivo de um depressivo. Como já referi, e estou mm a falar a sério, conheço pessoas (tenho amigos inclusive) q têm este tipo de discursos e conversas com e p com os animais.
      Pelo q n consigo mm compreender essa comparação.
      Uma coisa seria ela fazer uma carta sobre ter vontadede tirar a pp vida pq perdeu o animal e gozar com isso, sabendo q é depressiva, por exempo. Outra é isto.

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    3. Já agora izzie (e n q fisse um ponto vital) mas tinhas alguma razão, de facto a nôno n é filha (ou melhor p ela é) mas é a cadela. Admito q o nome e a descrição do "dormiram abraçadas" me baralhou.

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  5. Tem razão, a Nonô ser um ser humano ou uma cadela não é um ponto vital. O verdadeiro ponto vital é a leviandade com que toda a gente desatou a botar opinião sobre um assunto que desconhecia em absoluto. É a ligeireza com que se assumiu estar-se perante uma mera depressão quando manifestamente o caso é muito mais grave.
    Às tantas, parar para pensar e refletir um pouco antes de abrir a boca só porque se quer ser a primeira a brilhar com uma bombástica faladura, talvez não seja má ideia.

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    1. Como já referi. Nunca insultei a senhora nem fiz pouco da depressão ou lá q problemas ela possa ter. Tenho mto respeito p essas coisas. E nem ia sequer falar daquilo n fosse ter-me irritado pq de uma simples constatação (e gozo nalguns casos) de q um animal não é um humano, veio tudo cair em cima pq n se goza com isso pq a denhora tem problemas.
      Já o disse ali em cima e digo novamente, tenho amigos q têm este tipo de ideias, n têm qq problema. Se sp gozei com eled, por essa razão, n vejo pq n possa dizer o mm desta situação.
      A única coisa q defendo é q o humanizarem animais n é algo exclusivo ou sintomático de um depressivo ou perturbado. Não é.
      É só isso.
      Não julguei ninguém.
      Mas, e pq tb tenho dto a uma opinião, acho q de facto, se ela é instavel, alguém a deveria aconselhar a afastar-se destes meios e desta exposição. Que acho!

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  6. Pessoas que não têm complacências com os estados frágeis dos outros e escrevem parvidades nas redes sociais sem se importarem minimamente como o estão a fazer e em que situação colocam as pessoas de quem estão a falar, deviam ter mais cuidado quando se expõem ao ridículo. A Marta arrasa tudo qual debulhadora e agora deu o flanco. Lixou-se. O facto de haver uma depressão crónica não a impediu de vomitar as maiores alarvidades sobre as inimigas fidagais que vai granjeando vida fora. Por mim acho que quis ribalta e saiu-lhe o tiro pela culatra. Ou não. A Marta é uma excêntrica, sempre foi, não bate bem da cabeça e agora chama-nos de cretinos quando ela passa a vida a fazer o mesmo aos outros. Estamos todos bons da cabeça ou quê? Querem ver que chama de puta partidária à outra e agora não aceita que lhe digam que ela é passada dos carretos? Tenham dó.

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    1. Pois olha, so agora é q tomei conhecimento dessa bela "carta" aos imbecis (nós, portanto) bem como q já vai sendo seu apanágio insultar pessoas (tenho tido bue trabalho, n tive tempo de me debruçar dobre o assunto).
      Isso de facto confere toda uma nova dimensão à coisa.
      Mas lá está, n vai faltar quem diga q só chamou puta partidária pq n anda bem...
      e assim levamos o país...

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