Ao ler mais atentamente a notícia do post abaixo (vá, tomem lá, que eu sei que são calinas), concluo que acho isto tudo muito pouco inteligente do ponto de vista estratégico, numa óptica de governo.
Ora pensem lá comigo. O tabaco é uma excelente fonte de rendimentos para o estado (os impostos não são nada meigos). Acabar ou diminuir a sua venda é, do ponto de vista das receitas do estado, parvo.
Comparticipar medicamentos que ajudam a reduzir o consumo de tabaco é uma má estratégia e um desperdício de dinheiro.
Se o grande problema do estado actualmente - e com fortes indícios de piorar no médio e longo prazo - é a SS (com especial incidência nas reformas), parece-me a mim que deveriam promover o consumo do tabaco e não o contrário.
Com a actual idade da reforma, o consumo do tabaco só vem ajudar a que os fumadores nunca venham a receber reforma, porque se finam antes disso.
Claro que há sempre os custos inerentes ao diagnóstico e tratamento do cancro, mas ainda assim, numa análise económica mais detalhada, seguramente que o beneficio de não se pagar a reforma aos fumadores, que descontaram toda uma vida, superam esses custos.
Pelo que só posso concluir que estas ideias são um valente tiro no pé. Estão a passar ao lado de uma mina de ouro.
Se bem que...
E agora que penso nisso (isto acontece muita vezes quando me meto a escrever), pode realmente fazer algum sentido.
Já se fala em aumentar a idade da reforma para os 67. Não deve tardar muito a ultrapassar os 70. E tenho para mim que daqui a uns anos ainda vai bater aos 80.
Se assim for, realmente, estas medidas poderão de facto não ser parvas.
Se um tipo que pode ficar a bulir até aos 70 e tal anos quinar aos 50 e tal...são quase 20 anos de impostos que o estado perde (em oposição à reduzida reforma que teria de pagar, sim que a malta não vive até aos 100).
Pronto, afinal eles até têm razão.
*Sim, voltámos aos índices de parvoíce elevados (acreditando que algum dia cheguei a sair deles...)
Ahahahaah
ResponderEliminarResta agora fazer contas e ver o que rende mais: se meter o pessoal a fumar à bruta e mata-los antes da reforma, se mantê-los de boa saúde e a trabalhar por muitos e muitos anos.
Mas olha que com as fugas ao fisco que por aí andam, acho que o imposto do tabaquinho continua a ser uma fonte mais segura:)