domingo, 13 de janeiro de 2013

E para não ficar de fora

Também vou tecer alguns comentários sobre o caso Zico.

Não vou propriamente citar o Daniel Oliveira, no entanto, e desculpem lá qualquer coisinha, mas também não concordo que se coloquem animais e pessoas no mesmo nível. (vá, venham daí essas pedras)
Não quero com isso dizer que os animais não mereçam ser tratados com respeito e dignidade. Nada nisso. Devem, mas não é isso que está em causa.

Mesmo não tendo nenhum animal doméstico compreendo que quem os tenha os adore os veja como um membro da família. Parece-me perfeitamente normal.

Porém, desculpem lá, mas torna-se difícil para mim acreditar que quem tem animais esteja igualmente disposto às mesmas coisas/sacrifícios/riscos (o que seja) pelo seu cão como pelo seu filho. E se assim o é, lamento, mas não acho muito normal. Um animal é um animal, uma pessoa é uma pessoa. (Há excepções, é certo, mas também não é disso que estamos a falar)

E não consigo compreender este aparato todo à volta deste caso. 

E intriga-me ler que até já há quem se tenha "oferecido" para ficar com o Zico, para o salvar da morte. 
Têm graça. Será que esses mesmos voluntários já o fizeram noutros casos? Será que já foram a um canil buscar um cão para o salvar do abatimento? Sim, porque anualmente há vários cães que são abatidos porque os canis deixam de ter condições e possibilidades para os ter. 
Já salvaram algum dessa morte, sabendo até que nesses casos o cão vai ser abatido não porque tenha morto uma criança mas porque simplesmente não há fundos para o manter vivo?

Além disso, e mais uma vez vão-me desculpar, mas os pitbulls, a par com mais algumas outras raças, são cães potencialmente perigosos que por azar, geralmente, acabam com donos igualmente perigosos (ou estúpidos, que é capaz de ser mais apropriado).

Os bichos podem não ter a culpa dos donos que têm mas isso não invalida que também eles por si sejam uma potencial arma.

4 comentários:

  1. Eu não acredito em bichos com maus instintos, pelo que não posso aceitar este abate.

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  2. Não sei se podemos ou não chamar-lhes maus instintos. Mas acho que se podem passar da bolha tal como uma pessoa tb se passa.
    No entanto, a verdade é que estatisticamente, há mtos mais casos deste género a envolver estas raças do q outras.

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  3. desculpem lá meter-me no assunto e puxar dos galões. é q sei da matéria, de ciência certa e saber absoluto. estes animais, e os animais seus donos, são efectivamente perigosos. aliás, há legislação específica para os mesmos, legislação q, como sempre, não é aplicada. limita-se a lavar consciências. pessoalmente já apanhei um susto de morte com um rottweiler, só não me atacou por ter na mão uma bengala de caminhada ferrada na ponta. e por não lhe ter virado costas. foi um medo como nunca tinha sentido. as pernas tremiam-me como varas verdes. adoro animais, tenho dois gatos, já tive cães, mas nunca, nunca na vida, terei em casa um animal perigoso. de resto há tantos animais abandonados... quem se importa com eles?

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  4. Pois...essa também é a minha questão. Com tantos animais que há nos canis (em risco de vida por falta de verbas), estranhamente, nunca fizeram por eles metade do que estão a fazer pelo Zico.

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