A morte é sempre algo terrível (ou quase sempre) que mexe muito connosco. Ficamos consternados, chocados, especialmente quando a mesma é envolta em actos atrozes e desumanos.
Lembro-me sempre do que senti ao entrar em Auschwitz e de como tudo aquilo é um grande murro no estômago. Milhares de mortos! E estas coisas mexem connosco, tal como mexem as sucessivas notícias miseráveis que vemos na TV dia após dia.
Mas depois, dá-se o dia em vemos pais a enterrarem uma filha. O dia em que uma amiga se despede, sem aviso prévio, para sempre da sua "bebé", que ainda nem 10 anos tinha. O dia em que damos por nós no meio da tragédia.
Abro a boca mas não me saem palavras, acredito que não as há. O máximo que me saem são lágrimas pela cara abaixo. E um abraço, um abraço apertado no meio de lágrimas. Um abraço de quem pouco ou nada consegue dizer porque não há palavra capazes para uma coisa destas.
E eu, com o meu coração, que agora também é de mãe, sinto um verdadeiro murro no estômago!
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