Gosto dos feriados. Dá jeito aquela pausa a meio da semana ou aquele fim de semana prolongado. E é sempre bom gastar 3 dias de férias e ficar uma semana em casa.
Mas entretanto chegou o papão dos feriados.
Pelos vistos somos uns mandriões de primeira e descansamos muito. Pelo que foi decidido que, em 2012, vamos todos trabalhar mais 4 dias. Uiiiii upa upa, isso agora é que vai ser produzir, aliás, entre isso e trabalhar mais meia hora por dia vai ser cá um crescimento. Mas pronto, eu sei que tenho um bocado mau feitio por isso deixai-os lá estar. Querem mais 4 dias. Tudo bem.
Começam os sarilhos. A Igreja diz que não. Diz que não permite que se eliminem certos e determinados feriados religiosos - e andava eu este tempo todo a pensar que o Estado era laico - a confusão instala-se. Após algum zum-zum lá se escolhe. Saltam 2 feriados religiosos, o 15 de Agosto e o feriado móvel, e 2 civis, o 5 de Outubro e o 1 de Dezembro.
Quantos aos feriados religiosos não me ocorre fazer comentários. Honestamente, e que me perdoem os cristãos mais devotos, mas sinceramente, e sem recorrer ao google, assim de repente nem sequer sei precisar que feriados são estes.
Relativamente aos civis, o 5 de Outubro (Implantação da Republica) e o 1 de Dezembro (Restauração da Independência) acho uma verdadeira palhaçada.
É absolutamente ridículo. E que tal acabar com o 8 de Dezembro? Não? Nossa Senhora da Conceição? É que se ainda fosse, como em tempos passados, o dia da mãe, eu até aceitava, mas assim.
E o Carnaval? É mais importante andar a sambar - essa dança tão tipicamente portuguesa (se bem que depois do acordo ortográfico já deu para perceber quem é que manda) - do que comemorar o dia em que conseguimos a nossa independência, ou em bom português, em que encavámos os Espanhóis?
A sério. Não faz sentido. Vão mesmo tentar convencer-me de que existe uma percentagem assim tão grande da população a fazer celebrações religiosas no dia 8 de Dezembro. Acham mesmo que a malta fica em casa a reflectir sobre esse dia bonito?
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