quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Das prioridades...ou, a falta de civismo do povo português...

Inspirada no post da Luna, decidi dissertar um bocadito sobre as coisas que tenho observado ou sentido na pele desde que me encontro de barriga...

É absolutamente extraordinária a falta de noção e de civismo deste povo. E já nem sequer me refiro à ausência de "atenção/cuidado" relativamente a uma grávida. Falo mesmo das situações flagrantes em que uma pessoa tem um determinado direito e tem quase de pedir por favor para que nos permitam usufruir do mesmo.

Por exemplo, nos supermercados, já todos vimos as caixas prioritárias com os desenhinhos por cima das mesmas, certo? Não, errado. Há quem não tenha a noção do seu significado.

Há coisa de mês e meio atrás, num Continente, dirigi-me a uma das ditas caixas.
Estava lá um casal de meia idade e a moça da caixa, depois de se certificar que o mesmo não tinha prioridade, explicou-lhes que eu tinha, pelo que me deveriam deixar passar. O senhor do casal lá disse que sim, mas admito que já na altura achei a atitude um pouco antipática.
Estava já a pagar e a pedir a factura quando chega outro casal, este com prioridade, e a caixa decide "encravar". A senhora da caixa, que teve de fazer reset ao sistema, pediu a uma colega que abrisse a caixa do lado e explicou ao casal sem prioridade que tinham de passar para a outra caixa, mas que as pessoas que entretanto tinham chegado tinham prioridade pelo que passariam primeiro. Pronto, estava o baile armado. O senhor de meia idade, de modos rudes e ar amuado, sai-se com um "ah pois, tem prioridade mas eu estava cá primeiro!"...true story meus caros, true story.

Isto já para não falar das vezes em que entro no metro (onde por acaso na maioria das vezes, e desde que tenha onde me agarrar bem e não esteja tipo sardinha em lata, até cago bem e vou em pé) e as pessoas que se encontram nos lugares prioritários olham repentinamente para o lado, é que só lhes falta assobiar, a sério. 

Acho que o que me lixa mais é que eu nem sou particularmente picuinhas com o meu estado e, felizmente, a minha condição física /saúde ainda me permite não necessitar de muitos cuidados.
Não sou daquelas pessoas, embora tivesse todo o direito de o ser, que vá sempre a correr para as filas prioritárias, ou que estacione nos lugares reservados ou que em todo e qualquer transporte, independentemente da duração da viagem, ostente logo a barriga e faça valer o meu legitimo direito.
Mas caramba, daí a sentir que estou a "mendigar" por um direito que é legitimamente meu também vai uma granda diferença.

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