terça-feira, 16 de outubro de 2012

E pensar que seria óbvio...

Compreendo que temos, como diria o outro, compromissos para honrar. E também não defendo propriamente que o caminho seja o "não pagamos". Mas parece-me que temos de ser racionais. 

Como milhares de vozes já o disseram (sou apenas mais uma a partilhar da opinião), o caminho que este governo nos está a propor só vai conduzir a uma maior contracção da economia, aumento da miséria, aumento da economia paralela, aumento do desemprego (logo, aumento de encargos para a SS) e a um maior défice daqui a uns meses. O que em última análise, não nos vai permitir cumprir os objectivos de pagamento da divida.

Ora bem, parece-me então, que face a este cenário (que até uma criança consegue prever), a única melhor solução será sentarmo-nos com os nossos credores e renegociarmos o pagamento da dita divida.

Os credores, apesar de tudo, não são parvos. E quero acreditar que têm equipas de economistas e financeiros que, facilmente, também conseguirão antever este cenário catastrófico. Pelo que será lógico que possa haver, efectivamente, alguma margem de negociação, pelo menos se as coisas forem correcta e devidamente explicadas.

Perante o óbvio, acho que até os senhores da Troika compreenderão que sairemos todos a ganhar se optarmos por soluções que não estrangulem tanto a nossa economia e que até possam proporcionar algum crescimento económico. Porque com crescimento económico sim, poderemos pagar a divida. Porém, com colapso da economia essa missão não será possível. Por muito que nos virem de pernas para o ar, nessa altura, já não haverá nada para cair dos nossos bolsos.

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